sábado, 27 de setembro de 2014

🎀SOMOS MARIONETAS ✿


"SOMOS MARIONETAS"

Somos marionetas
Submissas nas horas infinitas
Que ardem nos lençóis
Sem entenderem a poesia

Devaneios sem gestos
Cheios de delírios vagarosos
O silêncio dorme nos livros
Já lidos no cesto do quarto

Noites de insónia feitas em oração
Em preces que se repetem
Despertam uma utopia
Nos meus dias de calafrios

Onde os gemidos escorrem
Nas paredes cheias de suspiros
São noites despidas, naufragadas
Embriagadas do néctar raro

Lírios de beijos em flor
Suspirados no céu da tua macia boca
Vertigens poéticas, dos teus fluidos
Que denotam o meu lago

Descanso os minutos, das minhas horas
No desassossego das palavras
As grutas de fragas, de pedras
Do meu silêncio são a vertigem da poesia

Marionetas submissas
Nas horas infinitas
Nos lençóis sem entenderem a poesia.



terça-feira, 16 de setembro de 2014

🌼OH MORTE...OH MORTE...ADEUS 🎀


OH MORTE...OH MORTE...ADEUS 

Oh morte que o pavor me cubra
Dos olhos da esperança por quem viveu
Ou talvez de quem já não vive
Oh morte que o pavor me cubra
Muda agonia que o meu alento desfalece
Oh devora-me o corpo exausto que repousa
Jaz de morte nos lábios meus
Mortal desgosto cobre o meu rosto
Pedra de mármore fria de macio encosto
Oh saudade insana que não quer perder a alma
Magoa deixada na escuridão dos olhos
- Oh morte...oh morte...adeus -
Vai-te embora oh morte, ainda não é a minha hora.


sábado, 6 de setembro de 2014

🌼A VOZ DOS TEUS LÁBIOS👒


A VOZ DOS TEUS LÁBIOS

Verões inquietos, que não voltam mais
Unidos pelas nossas bocas, coladas ao nosso rosto
Respiramos toda a essência de uma paixão
Não contida nos velhos livros
Onde deixam passar as palavras
Os amores eternos, do crepúsculo dos olhares perdidos
Olhos nos olhos fechados
ao exterior a tudo que fluía à nossa volta
Ser-te-ei sempre como um poema incompleto
Não por falta de palavras
Mas apenas pelo receio de as pronunciar
No eco das árvores
Mesmo quando ninguém me tem
O teu coração enche a minha ausência

 
Obrigado, por me amares assim
Por ficares aqui, e me quereres sempre
Lá fora as minhas lágrimas escureciam
A alma cor- de- rosa
Onde encostavas o teu rosto
Fixei-me na voz dos teus lábios
Juntei os meus lábios aos teus, o teu sabor devorou-me
Tirei-lhes a tua vida
Dei-lhes a minha meu amor, éramos um só
Posso não ser a primeira
Nem a única, mas deixa-me ser a tua última flor
Que os teus olhos veem, ao despedirem-se dos meus lábios
Harpa em mim, melodias de sonho
Perdi-me de mim e a tua boca iluminou-se
Dela saíram as palavras que eu não quis encontrar
Enquanto te sentia
Verões inquietos, que não voltam mais
Do crepúsculo dos olhares perdidos!